Companhia no cenário
Olha lá, que bela manha. Permita-me comentar o quão intenso e artístico está o vento, dizer que o brilhar dessa grama e das árvores estão como nunca antes estiveram. Sol, aliviado pela brisa tempestuosa. Sensação de tudo certo, de agradável e de eminente calmaria. Certo que frio, não é ruim, prefiro ao calor. Poucas pessoas em volta, tempo tranquilamente restante, creio que quinze ou vinte minutos do mais puro sossego e repouso. O segredo de tudo isso é um só: Companhia.
Com a pessoa errada, o vento incomoda, oportuna e se intromete. A grama torna-se simples mato viscoso e irritante, e ás arvores tem como a única utilidade de fazerem sombra. A brisa já não tem mais seus momentos para apaziguar, pois o sol está cintilante e faz uníssono com o desagradável. Sensação de distância, querendo estar com a companhia certa, que gera agonia e temor. Frio exorbitante congelando e aterrorizando os desavisados. Uma multidão em torno de ti, quanta gente! E o tempo? Caminha lentamente e fazendo questão de observar a quão desagradável a má companhia é. Maldito!
O cenário em questão é apenas um. Então, culpo ou agradeço quem esta ao meu lado por ele ser como é.