Caneta e Papel
Escrever é uma droga! Uma coisa que eu uso quando estou cheia de mim.
Vai enchendo tudo: enche o saco, enche a paciência, enche a cabeça, enche o cansaço... aí eu guardo tudo, até a hora de largar o sentimento na caneta e no papel.
Poetas são loucos. Gente estranha, que não consegue falar e cisma que sabe combinar a grafia das palavras! Me sobe um ziricutico, uma babilônia, um desespero... (abstinência?) Logo vejo: hora de escrever.
Acho que eles chamam isso de inspiração!
Sei de nada! Só sei que, quando estou cehia de tudo, e me sento com caneta e papel, registro tudo o que a boca não consegue falar.
Escrever pode ser meu psicólogo, pode ser meu extase, minha maconha, meu álcool, cocaína... escrever pode ser tudo pra mim! Minha paz e meu desespero. Não queria ser poeta! Poetas são melancólicos. Gente louca, essa!
Sei que quando escrevo, relaxo. Viajo, desabafo comigo mesma, e sempre chego às minhas próprias conclusões (convulsões?).
Escrever é essa droga, é a droga dos poetas que surtam quando não têm caneta e ou pincel. Escrever é essa merda de quem não sabe falar e acaba castigando o papel.