Isso mesmo
As coisas que eu mais queria, eram as que eu deixava por ultimo para resolver. Todas as minhas idéias viraram tortura invés de me incentivar, pela primeira vez gostei de apanhar e cansei de imaginar, sonhar eu já não queria. Eu não queria nada, só por me sentir assim. Se eu tivesse qualquer outro problema tudo seria bem melhor. Achei que nenhuma palavra pudesse ser boa para eu usar, então preferi o silencio e me vi correndo em um carro em alguma praia, qualquer que seja por não ter fôlego o suficiente para chegar em alguma especifica. Eu moro muito longe do salgado, mas não vejo nenhum doce por aqui.
E mesmo se tivesse seria só para prender meus pés nesse açúcar de conforto que não vejo, só desgosto, só ignorância, da minha parte e dos outros, algumas salvam, mas algumas não são todas. Os livros estavam tão nítidos e eu não conseguia ver. As coisas estavam todas aqui, todas lá. Tinha tudo em todo conte lugar, que diferença, o chão era o melhor amigo agora para espantar o calor e essas coisas só me mimam, me fazem ser quem não sou. Eu me arrependi de ser eu e quis mudar, mas já era tarde, na escuridão não tem como enxergar, nem se eu fosse uma coruja, e não sou nenhuma ave, como chegar ao limite se não sei onde ele fica e se não posso, porque já não sei o que faço e se serve como desculpa para ficar parada e pensar em qualquer coisa. Qualquer coisa é algo, indefinido, mas bem mais explicado que alguma gíria popular feito o “sei lá”.
Mas desde quando eu preciso de explicações, se nada explica os meus atos e nem tiram as minhas duvidas, egoísta, só tira a dos outros.
Eu já não sei onde foi que deixei o resto de animo, se agora estou bem ou mal, eu só sei que essa esperança um dia ainda vai me matar. Mas e daí se eu posso ressuscitar? Quem me dera estar incluída em uma musica e ser bonita e quem me dera tanto, tanto que não sei se é aqui mesmo que eu deveria estar, mas se não é, vou começar a rir, deles, de tudo, de mim. Como vou saber? Ah, esse silencio! Nem pra me contar.