Seus Olhos
Ah, seus olhos. Olhar de gente grande, mesmo não sendo tal. Olhar de ternura, tanta pura brandura! Quem diz que não é grande, não a conhece. Remeter meu olhar aos teus olhos é suicídio! Mato-me de vontade de dentro deles estar, enraizado em sua alma. Quando não, entro em síncope, delirando com a possibilidade, que nunca será real, por simplesmente ser inigual.
Ah, olhar para quem? Pra simples verdade da impossibilidade, ou para a possibilidade de ser verdade? Não sei. Do que seria feita minh’alma, se não fosse para amar esse olhar? O que seriam esses olhos, se não dissesse que são belos, feitos para se amar? O que seria de Mim, se nunca tivesse visto seu olhar? Isso não se diz, mas talvez hoje eu fosse feliz.