“Diário de um Viajante”
Numa tarde triste o céu era azul!
Seguia eu os rastos no areão da
Rua solitária, esta conduz o viajante
Há lugar nenhum. À hora do crepúsculo
Aproxima, vejo o sol que adormece
Lentamente, sua lentidão confunde em
Miragem além do horizonte o meu olhar
Já cansado! Levanta o pó da estrada com
O estouro da boiada, de longe se ouvia os
Gritos dos cavaleiros, e disperso se faz o
Sentimento de solidão deste solitário viajante
Que vagueia de um lado a outro. Por certo
A de despertar o coração da sertaneja singela
Que descansa o queixo sob as mãos brancas,
Cujos cotovelos repousam na janela da casinha
Branca de frente aos campos de roseirais que
Exalam o perfume ao cair da noite silenciosa.