VERDADES



VERDADE
 
A busca pela verdade e pelo verdadeiro saber é algo que marca um racional crítico.
 
Como aceitar revelações? Principalmente quando não se adequam a realidade física que conhecemos e que presenciamos vivendo.
Como aceitar simplesmente argumentos baseados na autoridade, seja esta de quem for? Por melhor e mais bem-intencionado que sejam os detentores da autoridade em quaisquer assuntos que sejam, podem falhar. Somente os românticos podem acreditar na infalibilidade de quem quer que seja. O pior da história é que os que mais se baseiam na autoridade adquirida para convencer, são os que menos conhecimentos científicos possuem.
Vejamos a sábia recomendação do grande físico Richard Feynman em uma conversa com um outro grande físico, contemporâneo nosso, que na época ainda se firmava, Leonard Mlodinow (hoje o físico que mais de perto acompanha o magistral Stephen Hawking, sendo o redator de seus livros e teses):
 
“Você jamais deve pensar que compreendeu um trabalho de física se tudo o que fez foi ler a prova escrita, ou mesmo apenas ouviu a explicação passada. A única maneira de realmente entender toda a teoria é refazer toda a prova por conta própria. Quem sabe assim você não acaba vendo algo novo ou mesmo algum erro, refutando toda a teoria”
 
Somente a experimentação, o estudo profundo e as evidências podem corroborar ou refutar proposições e teorias.
 
Eu sei que para pessoas normais como eu e provavelmente você, é impossível testar teses, mesmo as mais simples, quem dirá as mais complexas. Por isto a análise das fontes e a variedade destas fontes é de suma importância para o aceite das teorias e proposições.
 
Quem são os teóricos que defendem tal aspecto?
 
Que laboratórios de pesquisa estão envolvidos?
Que testes foram efetuados?
Qual o grau de aderência destes testes a teoria?
Que testes de refutação foram efetuados?
Quem efetuou tais testes?
Etc..
 
Agora podemos criticamente exercitar nossa racionalidade sobre o que conhecemos.
 
Se não for o bastante devemos manter nossas espectativas ainda no nível de crenças e não no de saber, e continuar assim nossas pesquisas.
 
Saber é complexo.
 
Saber pelos outros é sempre um risco, por isto devemos, com algum ceticismo buscar fontes e averiguarmos o grau de confiabilidade de cada uma das nossas fontes.

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 18/11/2010
Código do texto: T2621884
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