E a noite vira novamente dia
Há agonia quando sentimos
Nossas palavras não serem ouvidas
Nossos atos não serem entendidos
Nossos gritos roucos
Nossos argumentos poucos
Nossas forças fracas
Nossos conselhos sem reflexos
Nossos entendimentos desconexos
Nesse mundo em que as pessoas
Só entendem do agora
Só querem mais e mais, sem demora
Só vêem o que está em evidência, em moda
Só anseiam o que não os incomoda
Só querem o pronto, prático, o rápido, o feito
Só o resultado; não importa origem ou defeito ou se é direito
Certo ou errado... como enganados... os dois lados, variados
Quem sabe o momento é para o tormento
Sem lamento...passar pelo novo invento?
Modernidade com mudança de hábitos
Vale tudo; valendo os valores invertidos?
Difícil aceitar, contrate com os tempos ídos
Continuo o meu cantar, como o sopro que arrepia
No futuro...quem sabe...alguns estariam fingindo que não ouvia?
Quem sabe... a outros eles se associam?
E assim, o tempo melhora e a noite vira novamente dia?