Amor nos tempos de sempre...
Antigamente eu pensava se realmente existia um amor para cada pessoa, olhava os casais nas ruas, nas praças, nos ônibus, nos shopping, enfim, em diversos lugares, se abraçando, se beijando, se acariciando, bobas, falando como crianças, o que chega a ser ridículo, mas um ridículo que todo mundo quer passar ou já passou.
Assim ficava numa busca constante, sem paciência, me iludindo e me desiludindo, tentando conhecer o máximo de gente possível, com esperança de um dia encontrar o amor da "minha vida", e isso foi ótimo, pois graças a isso percebi que a vida não é assim. Não é buscando que vou conseguir achar, não é me iludindo e iludindo outras pessoas que vou conseguir ser feliz. Mas isso não foi por mal, eu tinha um ideal, tinha uma meta e hoje quem não tem meta, ou um objetivo qualquer, não acha graça na vida.
Mas existem metas e objetivos que não precisamos correr atrás, é algo que já está programado, é um objetivo com um caminho já traçado, mas nunca estamos satisfeitos. E o que realmente buscamos? Amor ou simplesmente alguém para suprir a nossa solidão? Bem... O ser humano é um "bicho" complexo, cada um com uma complexibilidade, um casal, várias diferenças, várias diferenças, muitos buracos completados.
E assim é a vida, a qualidade de um, completando o defeito do outro. E como saber se realmente estamos amando? Calculando o tempo que já passamos juntos? Pode ser, como pode não ser, muitas vezes os dois, três, cinqüenta anos, que um casal passa junto, se encaixa (como foi dito acima) no simples fato de suprir uma suposta solidão, medo de ficar sozinho ou sozinha. Amor é quando tempo passa sem você perceber, e quando vê já se passaram dois, três, cinqüenta anos e o sorriso maroto no ônibus, os abraços nas praças, os beijos no shopping, os carinhos no sofá, sem perceber continuam falando como crianças, o que chega a ser ridículo, mas um ridículo que todo mundo quer passar e você passou?
Isso é o amor nos tempos de sempre...