Universo dos Dois Lados da Janela
Admiro aqueles que gostam de sair ao mundo, conhecer culturas e pessoas. Eles tem um curiosidade genuinamente humana. Eu invejo esta coragem de se aventurar e se oferecer, a intrepidez que foge à simplicidade do homem. Que busca sua essência em sua forma.
Mas, eles não são os únicos nem esta a única maneira. Eu busco o humano, e sua essência, e principalmente conhecer o mundo e o universo. O universo eu olho, não pela janela, mas pelas equações dos mestres, e busco um sentido matemático que seja qualquer coisa, que não seja frio.
O mundo descubro pela lata de bolacha e pelo pôster no quarto de minha irmã. Descubro o mundo o desconstruindo o meu mundo, voltando anos tempo e descobrindo de onde e como viemos.
Os humanos, descubro em mim mesmo, nas minhas monstruosidades, culpas, impulsos, e amores. Descubro mais de mim que do que dos outros, e dos outros o que são à mim, descubro então o que mais me interessa, e o que meus sonhos vesgos me deixam perceber.
Sou tão intrépido por aventuras nos mundos quanto estas pessoas que invejo. Só que eu sou mais feliz no fofo do meu sofá, e nas frias coxas da mesma mulher.