Soberba

   
Não te julgues mais sábio do que és,
    Para tua própria proteção.
 
Não te julgues melhor do que és,
    Para tua própria harmonia.
 
Não te julgues mais importante do que és,
    Para tua própria felicidade.
 
 
 
Não te julgues mais amigo do que és,
    A amizade necessita
    Ser eternamente construída.
 
Não te julgues mais humano do que és,
    Ser humano é difícil
    É complexo
    É importante AMAR
    De coração aberto e mente crítica
 
Não te julgues mais ético do que és,
    A ética nunca será demais
    Posto que ela existe
    Para freando nossos instintos
    Permitir uma vida social digna
 
 
 
Não te julgues mais digno do que és
    A vida é prolixa em nos mostrar
    O quanto ainda temos que caminhar
    Para encontrar nossa verdadeira dignidade
    E esta estará sempre
    Aderente a dignidade coletiva
 
Não te julgues superior ao que és
    A vida é prolixa em nos mostrar
    O quanto a soberba nos leva
    A “quedas” terríveis
 
Não te julgues mais culto do que és
    A vida é prolixa em nos mostrar
    Que cultura sem amor e sabedoria
    Pode nos levar a ditadura do conhecimento
    Ou a insensibilidade do saber.
    Saber e conhecimento devem ser mediados
    Por amor e por humanidade
 
 
 
Não te rejeites também,
Tu és importante
Se não o és para muitos
O és para ti mesmo
E para aqueles que te amam
 
 
 
Sabedoria, competência, importância, amizade, ética, humildade, dignidade, superioridade e cultura são necessárias, mas sempre longe da vaidade, do orgulho, do egoísmo e da soberba. Os meios para dar equilíbrio a tudo isto são o amor sincero e algum racionalismo crítico, ambos construídos, dia a dia, em nosso eterno presente, na vontade e no desejo de dar vida a nossa verdadeira humanidade, aquela característica que em última instância nos torna únicos no reino animal.
 
 
 
Harmonizar nossa vida
É harmonizar-se com toda sociedade
Mas enquanto a sociedade for sofrida
Impõem-se trabalhar pela social dignidade
Dando vida a nossa real humanidade
Buscando curar a social ferida
Nos empenhando em toda nossa capacidade
Refreando nossa animalidade
E aprendendo a amar de verdade
 

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 06/11/2010
Reeditado em 07/11/2010
Código do texto: T2600786
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