Sobre Ser Inesquecível
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É certo que todos já passamos, pelo menos (cem vezes) uma vez na vida, pelo momento crucial no qual as perguntas que bombardeiam a nossa mente são exclusivamente motivadas pela mistura da (neura) curiosidade com a (carência) necessidade. Não uma necessidade em saber uma coisa qualquer, mas sim específica, aquela com uma sede em receber uma resposta plausível, tragável e comestível(rimandinha). Sempre a mesma resposta (banalizada) idealizada: claro que eu nunca (me lembrei/lembro/lembrarei) esqueci/esqueço/esquecerei de você!
Em matéria de sentimentalismo, sou expert. Se puder acrescentar um (caminhão de) drama extra, condiz mais ainda com a minha pessoa. Dado isso, sei que tais perguntas sempre irão brotar em nossas mentes (ocas), nem que floresçam só na Primavera. A verdade está aí, não adianta negar. Até o (Shrek) ser mais macho e bruto do Universo tem seus momentos (Luluzinha) reflexivos, não adianta esconder. Eu, você e todos nós sabemos muito bem que na calada da noite, quando o fim do dia e o cansaço chegam, no fundo do seu coração(zinho) bate um aperto no peito, uma depressão. Os pensamentos (inconvenientes) surgem e trazem com eles recordações, principalmente das pessoas que já passaram pela sua vida. Você coloca a mão na (boca para não vomitar) testa e indaga para (as paredes) o seu eu-lírico: será que “X” lembra-se de mim?
Por mais frios e calculistas que possam ser os relacionamentos (mentirosos, ilustrativos ou míticos) amorosos, afetivos ou apenas físicos, certamente alguma coisa deles ficou guardada e anexou-se a você. Algo foi modificado e não irá voltar à sua forma original.
(Tolices, marotices e blá, blá, blá) Brincadeiras à parte, cheguei (finalmente) no ponto em que queria.
Homens e mulheres passam diariamente por nós nas ruas, conduções, corredores…A cidade é um formigueiro. Desde os primeiros anos de vida, nos deparamos com pessoas que fazem parte do nosso dia-a-dia: nossos familiares, amigos de todos os anos escolares, colegas de profissão e potenciais companheiros para uma vida. Muitas delas, de certa forma, contribuem para a nossa formação, algumas agregam-nos valores…Poucas tornam-se inesquecíveis.
Não sei você, mas eu gostaria de sempre me encaixar no pequeno e último grupo. Não importa se fui inesquecível para um cliente quando o atendi respeitosamente, para um professor quando fiz uma pergunta intrigante, para uma criança quando dei-lhe colo, para um paciente quando doei meu sangue e salvei sua vida, para um desconhecido quando, ao cair, ajudei-lhe a levantar, para um rapaz com o qual me relacionei e me entreguei por completo.
O ato em si não exige grandes façanhas, mas sim intensidade. Seja inesquecível nas pequenas coisas, apegue-se aos detalhes que fazem a diferença. Seja único, honesto e íntegro. Honre suas palavras, suas promessas e seus compromissos. Tenha valores bem definidos, busque fazer para os outros aquilo que faria para si mesmo. Mostre o quanto se importa, um mero sorriso pode dizer muito mais que palavras. Não deixe que o mundo diga que você é piegas ou démodé: se ama, diga em alto e bom tom!
Adoro pessoas marcantes na minha vida. Gosto de ouvir uma música, ler um livro, comer um doce, observar uma flor ou qualquer outra coisa que me faça lembrar de alguém específico.
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