Cheguei até ti, entrei...

As nuvens rosadas, tentam esconder

os últimos feixes de luz do sol

que ainda insistem em brilhar,

atrasando a noite.

Cheguei até ti, entrei…

com medo de não acordar,

ao mais leve gemido…

Um cheiro de amanhecer,

e assim vou me afogando

mais e mais em falsas palavras!

Nada mais! Apenas o vazio…

O sentimento que se tornou pouco…

que conseguiu crescer e ser um sinal de vida

no meio de tanta tristeza.

Não amo mais,

Não sinto o meu coração!

Gosto do silêncio que está aqui,

da atmosfera calma, quando está escuro

quando não tenho ninguém perto

para me ouvir.

Cheguei até ti, entrei…

Prossigo a minha caminhada e canto,

apago a mágoa toda do passado,

abraço a vida, para enxugar as lágrimas

que tu deixas cair com o teu silêncio.

Num silêncio que me remete a uma saudade

Desesperada de mim mesmo…

Até chorar, de rir… de mim.

Cheguei até ti, entrei…

Procurei-te, reconheci-te, em sonhos esquecidos.

Esse desespero, essa ansiedade

dos belos sonhos e então deixo-me esvanecer,

penso que já morri…

Mas, mais que isso senti raiva,

Esqueci-me do buraco que faltava

por preencher no meu peito.

A dor que sentia, no meio daquele vento

que corria durante o fim de tarde.

Sentia o teu leve aroma a vir sobre mim.

Cheguei até ti, entrei…

O sonho mostrou-me que nada foi em vão,

o vento não sopra sem destino,

e o mar não se movimenta sem sentido.

Em teu semblante vago e distante,

Um mundo de um vazio sem cor

Para caminhar… sonhar…

E quando o sol brilhar pela manhã,

esta poesia no papel escreverei.

Mikii

Mikii
Enviado por Mikii em 04/11/2010
Código do texto: T2597078