::::Beijo Roubado com Sabor de Hortelã::::

Odeio aqueles beijos sem sentimento, sem começo e nem final, que são apenas um frenético movimentar de lábios desencontrados mentalmente. Chega a ser assustador e estranho, que nem por um segundo nos fazem felizes. São aqueles beijos, dados em meio a festas, sem pensar muito.

É rapido demais, é lento de mais. Movimentos acelerados numa linha de tempo que parece não ter fim. Até um beijo roubado, por mais que beijos assim posssam ser os melhores, sem sentimento, são apenas um susto.

Beijar é uma arte. não pode ser feito num momento qualquer de euforia. Beijo tem que te fazer sentir um frio na barriga, te envolver completamente fazendo seu corpo todo se movimentar e no fim te fazer perder totalmente o foco. Tem que ser lento e, parecer tão rápido. Tem que ser quente, moldado, como se pudesse redesenhar a boca de quem ama.

O beijo é o instrumento do amor, como o lápis para o poeta. O poeta usa o lápis como quem brinca e transforma atráves dele todas as coisas do mundo em poesia. O beijo é a forma mais intensa de tornar concreto o amor, atráves de um toque de lábios apaixonados.

Ana Luisa Ricardo
Enviado por Ana Luisa Ricardo em 03/11/2010
Reeditado em 08/12/2010
Código do texto: T2595062