Não gosto da morte!
Mesmo sem gostar sempre penso na morte. Minha morte, morte dos outros, a morte em si mesma. Tive o desprazer de me deparar com ela na morte de meus avós, de minha mãe, de alguns tios, de minha esposa, de meus enteados, não morreram todos ao mesmo tempo, aliás, a vida sempre concedeu um descanso entre uma morte e outra. Mas algumas dessas pessoas amadas morreram juntas, infelizmente.
Todas essas perdas trouxeram sofrimento e dor. Não se pode dizer que se aprende a sofrer com a morte. Que se adquire experiência na medida em que acumula o número daqueles que se vão sabe lá para onde. Nada disso!
O impacto causado pela morte relaciona-se com várias dimensões do nosso ser, com o tamanho de nosso vínculo, o jeito que essa pessoa nos tratava, o carinho, as experiências compartilhadas conjuntamente, mas o certo é que nossa vida se rasga e a ferida infecciona feio.
Dolorida e feia ela dói, a despeito de todos os nossos esforços, até que num momento decidimos desistir, desistir de caminhar, de sofrer, de fazer qualquer coisa, pois nada parece diminuir o intermitente incômodo.
Como desejei ganhar de presente a minha própria morte em meio ao sofrimento. Como desejei ser outra pessoa. Mas todos os caminhos me traziam de volta ao ponto de partida: um coração partido.
A opção de desistir não está na folha de testes para ser assinalada. Insistir nessa opção, a meu ver, estraga a surpresa que a vida nos prepara após grandes fases de sofrimento, como o luto.
E essa surpresa, não se engane, é uma nova perda. E outra e outra e outra. Ou seja, estamos aparentemente ferrados. Então nos sobra a opção do aprendizado, por mais dura que seja a perda, por mais dilacerante que se apresente a dor. A cada contato com ela, se não desistimos ficamos mais fortes. Não na superfície, mas nas profundezas, onde estão nossos alicerces.
Por que isso acontece? É simples. Pancadas dessa magnitude no casco de nosso “navio” o colocam a ponto de afundar e ao nos debatermos em busca da sobrevivência nossa inteligência cognitiva e emocional amadurece e passa ver coisas que não podia ver sem esse estímulo.
Mas apesar de tudo não gosto da morte, porque ela é feia e triste, por que o que resta dela de forma mais marcante aos nossos sentidos é a lâmina cortante da dor e da saudade.Talvez um dia venha a gostar, mas por hora, não.
Mesmo sem gostar sempre penso na morte. Minha morte, morte dos outros, a morte em si mesma. Tive o desprazer de me deparar com ela na morte de meus avós, de minha mãe, de alguns tios, de minha esposa, de meus enteados, não morreram todos ao mesmo tempo, aliás, a vida sempre concedeu um descanso entre uma morte e outra. Mas algumas dessas pessoas amadas morreram juntas, infelizmente.
Todas essas perdas trouxeram sofrimento e dor. Não se pode dizer que se aprende a sofrer com a morte. Que se adquire experiência na medida em que acumula o número daqueles que se vão sabe lá para onde. Nada disso!
O impacto causado pela morte relaciona-se com várias dimensões do nosso ser, com o tamanho de nosso vínculo, o jeito que essa pessoa nos tratava, o carinho, as experiências compartilhadas conjuntamente, mas o certo é que nossa vida se rasga e a ferida infecciona feio.
Dolorida e feia ela dói, a despeito de todos os nossos esforços, até que num momento decidimos desistir, desistir de caminhar, de sofrer, de fazer qualquer coisa, pois nada parece diminuir o intermitente incômodo.
Como desejei ganhar de presente a minha própria morte em meio ao sofrimento. Como desejei ser outra pessoa. Mas todos os caminhos me traziam de volta ao ponto de partida: um coração partido.
A opção de desistir não está na folha de testes para ser assinalada. Insistir nessa opção, a meu ver, estraga a surpresa que a vida nos prepara após grandes fases de sofrimento, como o luto.
E essa surpresa, não se engane, é uma nova perda. E outra e outra e outra. Ou seja, estamos aparentemente ferrados. Então nos sobra a opção do aprendizado, por mais dura que seja a perda, por mais dilacerante que se apresente a dor. A cada contato com ela, se não desistimos ficamos mais fortes. Não na superfície, mas nas profundezas, onde estão nossos alicerces.
Por que isso acontece? É simples. Pancadas dessa magnitude no casco de nosso “navio” o colocam a ponto de afundar e ao nos debatermos em busca da sobrevivência nossa inteligência cognitiva e emocional amadurece e passa ver coisas que não podia ver sem esse estímulo.
Mas apesar de tudo não gosto da morte, porque ela é feia e triste, por que o que resta dela de forma mais marcante aos nossos sentidos é a lâmina cortante da dor e da saudade.Talvez um dia venha a gostar, mas por hora, não.