METAMORFOSE
De repente eu me descubro
essa metamorfose incompleta
No combate corpo a corpo, entre o ser e o querer.
Na destemperança alucinante de meus sentidos...
Um jogo de vida e morte que assusta e alucina.
Não há um porto seguro em que possa me apoiar.
Sei que estarei só
até o fim dessa viagem
em direção ao desconhecido
rumo ao imponderável...
Eu e meus pensamentos dispersos,
no embalar indevido de meus sentimentos.
Meus olhos tentam iludir-me
a minha voz se retrai,
em sua covardia abominável!
E essa amargura
Afoga-me em solidão
Insustentável...
Estou só...
A razão já não me sustenta
Posto que é morta...
E essa aflição
Ao exílio me exorta
Nada mais sou...
Estou morta!