Nosso silêncio

Silêncio:” estado de quem se abstém de falar; privação voluntária de falar; sossego.”

O conforto desconfortável do meu, do teu silêncio. É confortável, pois não tenho que enfrentar o silêncio em teus olhos que me dizem “não!”. É desconfortável pois não posso desfrutar a possibilidade do silêncio em teu sorriso que poderia me trazer um "Sim!".

Silêncio faz parte dos momentos em que as palavras me fogem. Me fogem pelo medo do tom que o teu silêncio pode me trazer em seguida.

Silêncio é quando me falta coragem de soltar gritos presos em lágrimas perdidas no deserto angustiante das emoções. Porém, não das minhas emoções, das tuas(ou da falta delas, na verdade principalmente da falta delas).

Escrevo no meu silêncio gritante. Seu silêncio pelo meu, uma troca justa, ora...Justa não....Injusta!!!

Eu poderia romper esse silêncio confortável e desconfortável e deixar que o som das palavras libertassem-se de mim. Entretanto, seria demasiado cedo, arriscado.

O tempo todo teve um sabor de despedida. Mesmo em silêncio dei-me asas e deixei voar.

Hoje o silêncio a que me reporto tem sabor te ti. Mas teu silêncio não tem sabor de mim. Este tem sabor de silêncio oco. Apenas um sabor amargo de adeus.

Se me pedisse 'Fique!' Ainda que em silêncio, em silêncio eu estaria. E, em um silêncio repleto de sons e palavras eu diria que sim, 'eu fico!'

Se mesmo em silêncio não me pedes para ficar, em silêncio tenho algo muito importante para lhe dizer.................................................... Ufa! Já disse!

Agora posso partir. Então, fica assim na lembrança, nosso silêncio cheio de palavras e sons que nossos dedos faziam no teclado do computador. Será uma lembrança deveras silenciosa.

Em silêncio disse-me uma frase de outrem: “Não podemos permitir que alguém saia da nossa presença sem sentir-se melhor e mais feliz”. E Você realmente não permitiu, ainda que eu tenha saído em silêncio da tua presença, saí uma pessoa infinitamente melhor e silenciosamente mais feliz.

Espero que tenha gostado foi para você.

Laís Zacharsky
Enviado por Laís Zacharsky em 28/10/2010
Reeditado em 29/10/2010
Código do texto: T2583692