Surtos de um pseudo
Não vivi emoções atordoantes,
Muito menos dores agudas
Sentimentos oscilantes
De amarguras.
Sem muito que falar,
Sempre sem atrito
Sem muito me expressar
Minha mente é um perigo.
Amores nunca tiveram
Dificuldades, normais.
Desilusões de uma velhice
Memórias naturais.
Um pseudônimo,
Ponto fixo do pensamento
Nada mais cômico,
Sem verdadeiro sentimento.
Vivendo artifícios
Moldando aço,
Escrevendo poemas em branco,
Filosofando feito palhaço.
Quem diria um dia
Que viver seria mar de rosas
Se nem mesmo a felicidade
Usufrui toda prosa.
Sem mais sermões
A mim mesmo reparo
Dado poemas e canções
Pensar é um recado.
de W.Monteiro