E a Fé?

Concebo idéias sobre religião a cada dia de acordo com o meu estado de espírito, com meu humor, coletando informações de fontes pseudo-confiáveis, opostas, desconexas, enfim, o conceito que tenho sobre o tema é o que melhor me convém.

Este assunto me desperta interesse, até por que ainda não consegui criar uma linha mestra de raciocínio, por não concordar com o que vejo, com o que é imposto pelas religiões e todas pelo menos as que tive oportunidade de conhecer, impõem alguma coisa mesmo que esta imposição seja camuflada no recebimento de uma dádiva, na compra de um terreninho no céu, falando nisso... Meu Deus! Carrego um peso na consciência por não ajudar os irmãos, ou melhor, os pastores, padres, bispos, sei lá... Assim que morrer, afiliar-me-ei ao MSTD (Movimento dos Sem Terra Divina), bom pelo menos uma palafita que seja, conseguirei construir numa invasão celeste!

Venho percebendo que as religiões estão cada vez mais parecidas, as missas, os cultos, os encontros passaram a ter conotação de espetáculos, verdadeiros shows musicais com dança, coreografia, tem até o Diretor de Arte para que tudo saia como a vontade de Deus.

Momentos de meditação também são freqüentes. Há alguns dias uma tia pediu-me para ouvir uma oração pelo rádio, resolvi dar a devida atenção até pelo respeito que tenho por ela, iniciada a reza e para meu espanto, o padre começou uma espécie de meditação... Ele dizia, feche os olhos, relaxe, não pense em nada, sinta seus pés, sinta isso, sinta aquilo e agora você está flutuando, até me esqueci que estava orando e ao final da meditação ele mencionou que Jesus tinha coordenado aquele momento, do tipo, "essa meditação teve o oferecimento de Jesus Cristo", inevitavelmente pensei, poxa que legal, até Jesus está aderindo ao Yoga!!!

Lembrei-me que ganhei um livro intitulado "Meditações para a Manhã e para a Noite", ao folheá-lo não é que encontrei a "oração" que ouvi no rádio?

Enquanto as religiões brigam por fiéis ou seriam clientes? Fico indignado com a postura das pessoas que se envolvem e ainda se sujeitam a situações vexatórias, não vou nem falar sobre extorsão, em busca do reconhecimento e do perdão divino. Que perdão seria esse? O que de tão grave fizeram para não ter fim essa súplica?

Em meio a esse imbróglio ainda não consegui achar nem sinal de resposta para uma pergunta que talvez fosse a única que realmente merecesse a atenção dos "empresários religiosos": E a fé? Será que encontrarei na biografia do mega-empresário, mega-bispo e mega-star Edir Macedo?

Paulo Junior (PJ)
Enviado por Paulo Junior (PJ) em 23/10/2010
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