"Tédio"
E assim se conclui que, definitivamente, os mais certos são os loucos gritando pelas ruas e cumprimentando desconhecidos. Ninguém os olha nos olhos. Certo é quem os olha nos olhos. Certo é quem tem coragem suficiente para cumprimentar desconhecidos sem medo de ter sua sanidade posta em dúvida. Certo é quem não se importa em ter sua sanidade posta em dúvida quando se faz o que se tem vontade.
Certo é quem usa vestido preto no dia do casamento, e quem se suicida deixando poesia para o resto dos tempos; quem vive num universo paralelo onde loucos são normais e abraços não são considerados coisas estranhas e cheias de segundas, terceiras e quartas intenções.
Certo é quem é, não quem simplesmente existe.
Certo é quem percebe o quanto as pessoas são importantes; quem fala com os olhos mais ou tanto quanto com a boca.
E assim se conclui que, definitivamente, estamos errados; que deveríamos ser um pouco mais “malucos”, um pouco mais humanos, um pouco mais destemidos, um pouco mais vivos.
Não me resta muito tempo. Me resta muita falta.