Escolhas
Desde muito cedo há quem seja obrigado a agir como gente grande na vida quando ainda não se é - o que certamente ocorre com a maioria das pessoas. O que nos diferencia é que cada um de nós seguirá e enfrentará seu caminho agindo de modo peculiar, determinado por uma série de fatores totalmente independentes de nossa própria vontade.
Soluções não nos chegam de bandeja e, logo aprendemos que sempre teremos escolhas a fazer. Viver é um risco – alguém já disse isso em algum momento. Então, quando escolhemos, corremos o risco de errar.
É assim que funciona. Na verdade, os erros nos são úteis porque nos dão a oportunidade de refletir sobre eles e então, procurarmos agir corretamente, da próxima vez que situações semelhantes nos forem apresentadas.
Devemos seguir procurando nos aperfeiçoar e estar cientes de que tudo depende das escolhas que vamos fazendo pelo caminho, diante da possibilidade de tempestades que podem nos surpreender em algum momento de nossa acidentada jornada.
Não é fácil sobreviver ao ‘caos’ do dia-a-dia. Aprende-se muito! Tornamo-nos pessoas mais tolerantes, tanto no que diz respeito às falhas alheias como com as nossas próprias também.
Quando adultos, acreditamos já ter crescido o bastante para entender e, ao mesmo tempo para ter paciência, principalmente com aquele semelhante que nos é difícil compreender... Pior ainda, para nós, é ter de aceitar suas escolhas...
De repente constatamos que, mesmo adultos, ainda temos muito a crescer.
Então, mesmo a contragosto, colocamo-nos novamente em aprendizado pois, pessoas dotadas de bom senso que somos, sabemos que, mesmo tratando-se de indivíduos com opiniões divergentes, não somos inimigos e, nossas situações conflituosas podem ser resolvidas sem que haja desgaste nas relações que porventura mantemos.
Devemos estar alertas. Manter-nos em constante exercício de reflexão, para que façamos uso da capacidade que temos de nos colocarmos no lugar do outro, e assim, compreendê-lo, respeitando o seu ponto de vista, levando sempre em conta que eles possuem conceitos diferentes dos nossos para um mesmo assunto e, que todos têm direito às próprias escolhas – que são feitas de acordo com o momento de cada um, limitado ao seu próprio espaço e capacidade de compreender o mundo que o cerca.
O bom é que nunca estamos sós. Se prestarmos atenção, veremos que ao nosso lado há um Ser iluminado que, disfarçado, entra na nossa vida e, sem egoísmo, nos ensina o que a vida, por alguma razão, ainda não nos havia apresentado. É aproveitar a oportunidade e aprender – mesmo que doa...
Escolhas têm conseqüências e todos nós arcamos com elas. O Outro também tem esse direito. Não há, absolutamente, nada que possamos fazer a respeito: senão apenas procurar estar por perto e, se for o caso, quando o tombo vier, se ainda houver tempo, ampará-lo, pensar-lhe as eventuais feridas e dar-lhe um forte abraço...
Não precisa dizer mais nada.