[05h29... Travessia Inevitável]
[A te sonhar... eu vivo: perdemos...]
A madrugada vem vindo,
está vestida de mortalha,
meu olhar lúcido a descobre -,
[tudo é tão incerto, tão incerto...]
Deixo a casca do ontem,
tomo o rumo do dia nascente,
porém, mais a travessia demora,
mais me assusta o inevitável de mim.
Um pausa, uma breve parada,
para a troca de asas orvalhadas,
para a troca de sonho...clareia...
Acordado, eu vou te sonhar...
[Sabe, é inevitável este sonho...
Tão inevitável quanto a travessia!
Perdi-me na trilha do tempo ido,
e não mais diviso futuridades...]
[Penas do Desterro, 20 de outubro 2010]