Vigia da Noite
Morrendo de sono, ainda assim.
Pelas ruas à noite continuo
Vejo tudo o que se passa
Vejo tudo que se passou.
No frio arrepiante da madrugada
Somente o vento ouve ruídos
Nada, muito menos ninguém.
Em lugar nenhum.
O sereno da noite
É possível ver de perfil
Olhando para luz de um poste
Junto de um vasto frio
Aqui estou a olhar todos.
Mais ninguém pode me enxergar
Vejo o que á no escuro
Pois o dia o descanso é diurno.
Assim é a vida de um vigia
Que vaga pela noite
Pernoitando ruas vazias
E frias.
de W.Monteiro