Perdi minha alma
Perdi minha alma.
Como que em um negocio entre Deus e o Diabo, feito em um mercado obscuro que eu não compreendo.
O preço não me foi avisado, mas senti quando os valores me foram tirados.
O preço de duas horas e nada mais. O preço de duas almas e tudo mais.
O preço de um apreço por um ser que se fez de arma para me mostrar o que de fato ele é, sem fantasiar.
O perceber o que somos de verdade senti o chão colidir em minhas costas, talvez o frio cimento duro bateu em meu coração sob a forma de uma realidade dura e fria.
A realidade que terei que enfrentar é a que não posso mudar o mundo com minhas mãos nem com meus pensamentos, apenas posso observar e optar em não fazer o mal. E muitas vezes esse mal que evito fazer com os outros esta presente em mim, me corroendo acidamente.
Aos poucos me peguei pensando se aquilo que houvera tinha sido de proposito, se era uma ruptura que eu tivesse mesmo que passar. Ainda reluto em achar que foi um adeus de mim mesma.
Despedidas são assim, não são?
De supetão você é chamado e.... vem o adeus.
Pensei se era uma despedida, pois começou sem razão, mecânico, com pouco frio na espinha e quando terminou as lagrimas contidas ficaram alagadas em minha alma.
A vazão era menor do que o fluxo e o liquido empoçado era suficiente para que eu me afogasse em mim mesma.
Nesse momento perdi minha alma.
Afogada em um turbulento que transpareceu haver paz. Talvez a paz de uma negociação obscura em um beco devorador de almas.