Egotripes
É difícil ter a ciência das escolhas que a gente toma. Ter a idéia e dizer não, eu não sou tudo isso que você acha. Que eu erro, que eu piso na bola, que eu tenho idéias cretinas.
E sou idiota, falo piada sem graça, deixo as pessoas sem resposta, ligo pouco pra casa, não sei deixar minhas coisas arrumadas, não sei conviver com a ameaça de ir embora.
Não odeio meus defeitos. Odeio meus defeitos e não me contradigo. Minto, e falo de novo, minto, erro, e me arrependo. Magoo. E depois, eu choro.
Não estou certa nem estou errada.
Tudo isso porquê não quero ficar quieta. Não quero que você pense que não ouço que não sinto que não sei que os seus elogios existem. Mas sei também que seus elogios não me pertecem. Seus elogios são palavras sem dono. São palavras suas, e são resultado do meu sono. São conquistas e são abandonos.
Não quero ganhar de graça a sua simpatia. E não quero desistir depois de ter o seu abraço. Então não quero ser mais do que apenas eu.
Independentemente das minhas próprias egotripes, ainda acho que eu posso.