Sobre ditos/escritos
Percebi que o que realmente importa, na maioria das vezes, não é o que se é dito, mas quem o fala. Quantas vezes eu não vi as mais estúpidas tolices serem aplaudidas e ovacionadas enquanto os ditos mais sábios eram escutados desleixadamente e esnobados com olhares de poucos amigos. Deve ser quase uma regra geral hoje em dia: atenção para o famoso que fala, e ignore o pobre desconhecido com seus blá blá blás.
É como se as pessoas esperassem uma fama antes da fama para então creditar alguma atenção sobre aquela pessoa que discursa. E isso simplesmente não existe.
Em contra partida poderia existir mais bom-senso, pois quantos bastardos da Literatura não seriam lidos/escutados com os olhos( se me permitem essa interpretação grotesca), por aí, e ninguém mais compraria livros para serem esquecidos e entregues à poeira numa estante qualquer, somando-os a coleções somente, e servindo para cultura axilar, sem somar ao leitor qualquer pensamento proveitoso, apego, identificação, ou mudança...
E se me permite dar um conselho caro leitor, procure um livro qualquer, cujo autor você não conheça, porque talvez o livro que você não lê, é justamente o que leria você, como se fosse palavra por palavra a tua biografia desconhecida.