Algo inusitado!

Ontem aconteceu uma coisa nova, inusitada.

Ocorreu o olhar de duas pessoas que não tinham se reconhecido ainda, de todas às vezes os olhares não tinham se cruzado, não daquela maneira, não naquela sintonia, então aconteceu!

Depois de anos pareciam cegos buscando por uma intensa tempestade para molhar os olhos secos e vendo aquela vista linda, aquela onda calma, os olhares se encontraram, mas já era tarde da noite e o cansaço confundiu aqueles dois jovens.

A partida chegou, mas aquele sentimento ficou preso em alguma tarde em que passaram juntos, as idéias ainda completamente confusas na cabeça faziam com que a duvida ficasse permanente no coração, o silencio não quis se calar, mas foi necessário, para o bem, para o estar intacto.

E naquela noite aconteceu algo estranho, dois olhares antes não vistos se acharam e o coração não entendeu mais nada, tudo o que pensavam saber, tudo o que pensavam ser certo, estava errado, estava incerto.

Agora quando as ondas já se encontram longe e a maré voltou a ficar calma os jovens não sabem o que fazer e se escondem atrás daquele olhar, daquele sentimento que os tocou, que nunca antes tinham visto.

A partida pra casa foi dolorosa e mesmo longe o sentimento parece estar perto, parece que quer permanecer ainda pulsando no coração, ainda tocando, quente, alto.

A menina quer esquecer o olhar, mas os sonhos pedem de volta aquela bela paisagem, aquela bela aventura.

O menino nem quer pensar naqueles lindos olhos verdes, mas se da conta de que não controla aquele olhar nunca antes visto e veio à tona e veio sem querer. Ele não quer amar, e ela não quer mais se entregar.

Aconteceu algo inusitado naquela noite, foi o encontro de duas almas, de dois olhares submersos de prazer e desejo, foi o desejo proibido de dois olhares que devem ser esquecidos, pura aventura!

Gabriela Carvalho
Enviado por Gabriela Carvalho em 12/10/2010
Reeditado em 12/10/2010
Código do texto: T2552218
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