Este mundo não me cabe...
De antemão, fiquem à vontade! Podem dar o nome que quiserem!
O mais relevante, além de qualquer interpretação baixa ou alta , é que, o que segue aqui, vagamente escrito, nasce de mim e é por si só interessante e mobilizador. É parido, como fruto da dor ou da fuga (seja lá o que for) que experimentei ao transitar nos limiares mais áridos e perigosos, lá onde nossa humanidade sangra, onde o limite faz pulsar o infinito...Não por possuí-lo, mas justamente por não poder nele mergulhar.
Definitivamente....Esse não mundo não reservou um lugar para mim! Ando de mãos dadas com a angústia e com a melancolia. A sensação é a de que todos inversos e contrários encontraram em mim lugar de manifestação; E isso é tão forte que, não consigo,por mais que eu tente, como muitos fazem, fugir ou fingir que nada acontece nos meus arredores e mais intensamente no meu interior.
Ah! Antes que passe em branco, devo confessar que, quando digo que as pessoas conseguem fugir ou fingir, isso não passa de uma impressão particular (que pode estar errada). Talvez eu seja imaturo por não conseguir lidar, assim como elas, com tais questões que sangram, ou, seja mais sensível que elas a ponto de senti-las bem forte. Seja qual for a alternativa, uma certeza é fato: TODOS EXPERIMENTAMOS ESSE “SANGRAMENTO” e quer queiramos ou não, ele nos recorda o tempo todo aquilo que somos: HUMANOS.
Entretanto, por mais que eu pegue emprestadas as palavras pra falar disso, a sensação que não aceita ir embora, é a de que não fui feito para esse mundo, ou ele não foi feito para mim, o que racionalmente é mais provável. Mas, vejam bem: Se há espaço pra tanta coisa, por que não há também para minhas angústias cotidianas, meus desejos, sonhos para que se desdobrem em realização? Eles são modestos, posso garantir!... Tudo bem! Admito! Nem todos eles são modestos! Tenho sonhos grandes. Quero fazer a diferença no mundo... !? Ei! Será que por isso é que devo pagar o preço de ser manifestação de inversões e contrários? Isso seriam os sacrifícios por grandes causas de que muitos falam?
Estou muito cansado de lutar o tempo todo. E tal cansaço deve-se ao fato de que luto contra tudo o que está aí. Debato-me com o cotidiano e seu formato, com as vias estabelecidas para a realização das coisas. Sinto-me fraco. Inerte. Às vezes tolo...Contudo, quando paro com a luta, pra repensar estratégias, metas, intensidades, pra descansar, entro num estado de profunda tristeza, e por ela, com ela, os limites tão falados se apresentam me dando a sensação que teima em ficar: ‘O mundo não me cabe!’
Em que momento? Em que lugar sentirei aquela tranqüilidade de quem combateu o bom combate? De dever cumprido? A sensação de que luta cessou e agora resta a contemplação de um mundo que enfim lhe coube e recebeu, lhe abriu a porta e disse gentilmente: ‘Bem vindo’! Pode entrar! Fique à vontade!
É preciso viver para ver?? Não sei...E não saber é outro limite. Mais um dentre tantos...
Ah finitude cruel! Sangria que me lembra a carne mortal de que sou feito e recorda-me que a própria mortalidade não é compreendida. Existência doída e ao mesmo tempo fascinante! Quanta incompreensão! E ainda estou sem lugar aqui...Procurando um porto... Mesmo que provisório..Só para reabastecer e continuar navegando..
No fim das contas, só queria alguém comigo para coexistir como se fôssemos um! Amando e sendo amado, como se não houvesse tempo...nem espaço..Só o amor! Talvez não haja outro sentido além desse...talvez seja esse nosso lócus existencial: o AMOR.
Marcelo Lizardo
De antemão, fiquem à vontade! Podem dar o nome que quiserem!
O mais relevante, além de qualquer interpretação baixa ou alta , é que, o que segue aqui, vagamente escrito, nasce de mim e é por si só interessante e mobilizador. É parido, como fruto da dor ou da fuga (seja lá o que for) que experimentei ao transitar nos limiares mais áridos e perigosos, lá onde nossa humanidade sangra, onde o limite faz pulsar o infinito...Não por possuí-lo, mas justamente por não poder nele mergulhar.
Definitivamente....Esse não mundo não reservou um lugar para mim! Ando de mãos dadas com a angústia e com a melancolia. A sensação é a de que todos inversos e contrários encontraram em mim lugar de manifestação; E isso é tão forte que, não consigo,por mais que eu tente, como muitos fazem, fugir ou fingir que nada acontece nos meus arredores e mais intensamente no meu interior.
Ah! Antes que passe em branco, devo confessar que, quando digo que as pessoas conseguem fugir ou fingir, isso não passa de uma impressão particular (que pode estar errada). Talvez eu seja imaturo por não conseguir lidar, assim como elas, com tais questões que sangram, ou, seja mais sensível que elas a ponto de senti-las bem forte. Seja qual for a alternativa, uma certeza é fato: TODOS EXPERIMENTAMOS ESSE “SANGRAMENTO” e quer queiramos ou não, ele nos recorda o tempo todo aquilo que somos: HUMANOS.
Entretanto, por mais que eu pegue emprestadas as palavras pra falar disso, a sensação que não aceita ir embora, é a de que não fui feito para esse mundo, ou ele não foi feito para mim, o que racionalmente é mais provável. Mas, vejam bem: Se há espaço pra tanta coisa, por que não há também para minhas angústias cotidianas, meus desejos, sonhos para que se desdobrem em realização? Eles são modestos, posso garantir!... Tudo bem! Admito! Nem todos eles são modestos! Tenho sonhos grandes. Quero fazer a diferença no mundo... !? Ei! Será que por isso é que devo pagar o preço de ser manifestação de inversões e contrários? Isso seriam os sacrifícios por grandes causas de que muitos falam?
Estou muito cansado de lutar o tempo todo. E tal cansaço deve-se ao fato de que luto contra tudo o que está aí. Debato-me com o cotidiano e seu formato, com as vias estabelecidas para a realização das coisas. Sinto-me fraco. Inerte. Às vezes tolo...Contudo, quando paro com a luta, pra repensar estratégias, metas, intensidades, pra descansar, entro num estado de profunda tristeza, e por ela, com ela, os limites tão falados se apresentam me dando a sensação que teima em ficar: ‘O mundo não me cabe!’
Em que momento? Em que lugar sentirei aquela tranqüilidade de quem combateu o bom combate? De dever cumprido? A sensação de que luta cessou e agora resta a contemplação de um mundo que enfim lhe coube e recebeu, lhe abriu a porta e disse gentilmente: ‘Bem vindo’! Pode entrar! Fique à vontade!
É preciso viver para ver?? Não sei...E não saber é outro limite. Mais um dentre tantos...
Ah finitude cruel! Sangria que me lembra a carne mortal de que sou feito e recorda-me que a própria mortalidade não é compreendida. Existência doída e ao mesmo tempo fascinante! Quanta incompreensão! E ainda estou sem lugar aqui...Procurando um porto... Mesmo que provisório..Só para reabastecer e continuar navegando..
No fim das contas, só queria alguém comigo para coexistir como se fôssemos um! Amando e sendo amado, como se não houvesse tempo...nem espaço..Só o amor! Talvez não haja outro sentido além desse...talvez seja esse nosso lócus existencial: o AMOR.
Marcelo Lizardo