AMO



Amo a imanente existência, que do nada tornou-se tudo, pelo menos neste nosso universo.
 
Amo as partículas atômicas e subatômicas, que a tudo compõe e que junto com a energia são causas básicas de nossa existência.
 
Amo o espaço, amo também o espaço sideral, mas não é deste que falo, é do espaço que surgiu, também do nada, e que se compõe das três dimensões que dão existência ao nosso tetradimensional espaço-tempo.
 
Amo o tempo, este arredio conceito. Amo o tempo que flui ou o tempo estático, onde os eventos é que fluem por ele, no mesmo molde do espaço.
 
Amo a vida, amo a minha vida, a de meus filhos, mas é do conceito biológico da vida que falo. Aquela vida que da química inorgânica fez-se orgânica, e desta fez-se biologia. Ela é de longe o que mais amo.
 
Amo a mente, que da biologia fez-se circuitos neurais.
 
Amo enfim a natureza, pois tudo a ela se refere. Energia, espaço, tempo, partículas, matéria, corpos celestes e vida.
 
Mas no fundo tenho vergonha de pertencer a mesma espécie animal dos que acham que a economia deve, livre, mover o mundo.
 
O liberalismo econômico e o seu irmão mais forte, o ultra liberalismo econômico, me envergonham e me decepcionam, permitindo ao capital liberdade absoluta, fazendo com que uma enorme parcela de desafortunados sofram ao relento da humanidade, uma vez que a este capital, eles não fazem valor algum. 

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 10/10/2010
Reeditado em 10/10/2010
Código do texto: T2549514
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