SILÊNCIO

Silêncio!!! Prefiro te ouvir em pensamento, pois posso pensar que estou em devaneios a ter que ouvir coisas rudes de uma boca tão bela. Foi com essa frase que encerrei minha enfadonha jornada de um dia. Triste fim de Policarpo Quaresma! Literatura boa, literatura esquecida, literatura vivenciada. Minha vida tem um propósito que hoje desconheço por completo, sei tudo o que eu gostaria de ser, mas talvez não goste tanto do que sou. Não encaixo no que vivo me remeto a Ana Cristina César, mas não me remeterei ao seu suicídio, só traço o paralelo. Sou sufocada pelo que afasto e atraída pelo passageiro. Sonho para não me sentir tão sozinha, não permaneço por muito tempo na convivência, bato em retirada tão logo me fazem bem quista. Incomodo-me com julgamentos, me puno tão logo faço um. Gosto de ser estranha aos olhos dos que não compreendem, talvez goste de ser admirada, mas essa vaidade interna me dá náuseas. Afinal, aonde está minha inteligência para viver do que gosto? Não sou tão independente assim, mesmo triste permaneço aqui “a espera de um milagre”. Milagre, não!!! Trovoadas com voz de fundo a dizer: Vamos ver se realmente é isto que deseja!

Driska
Enviado por Driska em 09/10/2010
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