Fagulhas...e agulhas....
Ponta de agulha aparte, quase furo o balãozinho do imaginar. Fiz pesquisa, aprendi muito até de patchwork. Só nunca fui boa nisso, na prática. Faço pequenos arremedos de bainhas, no mais, continuo procurando agulha no palheiro da minha imaginação, a caça das mais afiadas palavras, as melhores inspirações.
Catei um fiozinho aqui, uma linha ali, enfiei a agulha e lá me fui. Ponta aqui ponto ai, furei tantas vezes a idéia, mas consegui um alinhavo razoável produzir.
Na seara das crônicas, contos, poemas e tal, apenas engatinho, caseado a caseado lá vou eu, sempre colocando na ponta da agulha a emoção, o calor das tardes daqui, a pimenta de cheiro e o tucupi.
Na ponta da agulha a fé, a certeza, o amor, a delicadeza, o afeto contido no olhar.
Na ponta da agulha um sorriso, um marejar de olhos, um abraço sempre para dar.
Na ponta da agulha um canto para alegrar, um beijo para adoçar, uma letra para dar,
Na ponta da agulha um verso carinhoso, rimado com ternura,
Tudo, bem na ponta da agulha...