Algumas Questões Elementares Sobre o Tal do Amor
Amor... É um por vida? O que declamamos como amor e com o tempo se desgasta/acaba (ou troca o corpo receptor) é o que?
Esse com certeza é um dos terrenos mais (senão o mais) explorados por cantores e poetas; em filmes e nas conversas da adolescência - e até mesmo da vida adulta. É algo normal. E por que nenhum único ser nesta vastidão de músicas-poesias-elucubrações não me dá um viés plausível do que É o amor?
Será que não sou capaz de amar? Ou o que "às vezes" "sinto" é outra coisa e, por isto, o que esse mundaréu de gente diz não me diz nada e só me confunde mais?
Amor é um embuste da natureza? Não, não é, pois há procriação sem amor.
Que alcunha dar a esse calafrio quando estamos perto DAQUELA pessoa?
Que alcunha dar a essa ansiedade?
Quem pode nomear esse bem-estar ao lado daquela pessoa que, para nós, é a corporificação de algo divino, misterioso e excitante?
Alguém consegue explicar porque atravessamos a avenida com a cabeça em outro mundo, visualizando determinado rosto e fantasiando determinadas histórias – frutos de sonhos enquanto dormindo ou acordados ou quimeras usando lembranças que foram vividas -quando o farol está verde para os carros?
Quem explica essa involuntária violência e domínio de alma que o outro exerce e que nos faz ceder mais, nos importarmos mais, quase sempre em prol da felicidade contagiante do outro?
Eu não acho respostas em livros ou em filmes, nem nas minhas linhas de raciocínio e/ou transcritas e duvido que algo ou alguém consiga achar e me convencer que o amor É ISSO ou AQUILO. Mas eu deixo o ceticismo de lado a maior parte do tempo e continuo lendo, assistindo e ouvindo. Todos os meus sentidos em alerta, aguçados, querendo saber a resposta para esse grande e doloroso vazio que me diminui, me preenche é meu lenitivo - e que as pessoas que falam que é amor e que esse tal amor é um por vida. Um por vida?
E o ciclo recomeça...