A paráfrase

Estava fazendo, mesmo involuntariamente, uma paráfrase. Não para os outros e sim para ela. Tentava buscar as mais complexas e simples palavras para descrever o que já tinha passado. Passado, exatamente.

“Me abraça assim!”, lembrou.

Mesmo quando o vento batia no seu rosto causando um certo arrepio, sentia o cheiro.

Até no ar parafraseava.

Se pudesse escreveria também, é claro. E descreveria nos mínimos detalhes, ainda.

Talvez precisasse da própria “paráfrase”. Ou não. O contrário? Quem sabe? Ninguém. Na verdade apenas o papel e a paráfrase.

Mariana Rufato
Enviado por Mariana Rufato em 07/10/2010
Reeditado em 18/05/2013
Código do texto: T2542215
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