Guerreiros
Homens que andam, vagueiam pela noite afora
Feito anjos errantes
Caminhantes homens.
Viajam pela noite, soltos
Absortos dos males e dos perigos que os cercam nas noites.
Caminham sorridentes
(e o ruído de seus risos se fazem estridentes)
pelos bares e pelos becos.
Homens que circulam livremente pela noite sem que nada
Nem ninguém lhes perturbe a calma;
Bebem e cantam e dançam esses homens e ao final
Ao indício do dia que desponta eles partem
Sôfregos, embriagados pelos falsos sorrisos
No silêncio amigo da alvorada que surge.
Homens da noite,
Mágicas criaturas sem dono
De auras douradas e cintilantes
Senhores dos sonhos, magos da rua.