mit. FÊNIX

FÊNIX

Tudo chega a um fim.

E quanto mais insisto no fim

Mais me mutilo.

Tento então fazer renascer.

No scalp há sangue.

Sangue é volta,

Vida circulante.

O soro não corre mais.

O sopro da vida não me invade;

Vejo túnel do trem.

A luz que vem e me invade.

E o soro não pinga.

Não goteja.

Apenas o som metálico na rua.

Mas o fim seria um novo começo?

Se for?

Por que terminar?

Por que existir?

Continuidade de uma espécie falida?

Que em breve morrera num botão

Nascendo milhares de cogumelos

Espalhando mutação.

Ou pior...

Criando vírus por moralismo

Pondo rótulos sociais

Terão por que existir???

Ser cria de um Ser que descria

Que não passara no vestibular

Reprovaram no requisito amar

Sou fênix viva e gritante

Grito a todo o momento,

E mais fácil estar apagado

Ser cinza negra

E sem suspirar

Sem gemer ou amar. apenas ser

Meu mundo ao pouco se fraciona

Apaga-se se extingui

A beira mar tudo despenca

Então me pergunto:

O que é esperança afinal?

André Zanarella 27-06-2008

-------------------------------------------------------------------

FÊNIX

Eu!

Prisioneiro meu

Descobri no brêu

Uma constelação...

Céus!

Conheci os céus

Pelos olhos seus

Véu de contemplação...

Deus!

Condenado eu fui

A forjar o amor

No aço do rancor

E a transpor as leis

Mesquinhas dos mortais...

Vou!

Entre a redenção

E o esplendor

De por você viver...

Sim!

Quis sair de mim

Esquecer quem sou

E respirar por ti

E assim transpor as leis

Mesquinhas dos mortais...

Agoniza virgem Fênix

O amor!

Entre cinzas arco-íris

Esplendor!

Por viver às juras

De satisfazer o ego mortal...

Coisa pequenina

Centelha divina

Renasceu das cinzas

Onde foi ruína

Pássaro ferido

Hoje é paraíso...

Luz da minha vida

Pedra de alquimia

Tudo o que eu queria

Renascer das cinzas...

E eu!

Quando o frio vem

Nos aquecer o coração

Quando a noite faz nascer

A luz da escuridão

E a dor revela a mais

Esplêndida emoção...

O amor!

Quando o frio vem

Nos aquecer o coração

Quando a noite faz nascer

A luz da escuridão

E a dor revela a mais

Esplêndida emoção...

Quando o frio vem

Nos aquecer o coração

Quando a noite faz nascer

A luz da escuridão

E a dor revela a mais

Esplêndida emoção

O amor!...(2x)

Composição: Flávio Venturini / Jorge Vercilo