POR QUÊ?



Por quê?
Por quê...? Por quê?
Perguntinha poderosa, quase mágica. Infinitas vezes repetidas por crianças, e que muitos de nós, adultos, esquecemos do seu poder, ou simplesmente abrimos mão de nossa curiosidade, como se feio fosse ser curioso, ou como se fosse sinal de fraqueza desconhecer algo.
 
A curiosidade deve, ao contrário, ser valorizada e cultivada. É ela, para este que vos fala, a mola mestra do crescimento cognitivo, é o empuxo que move a vontade de aprender, é a energia potencial que dá cinética a nossa existência, é o campo energético que nos faz
 nos conhecer e conhecer o mundo a nossa volta. A curiosidade é para mim, sinônimo de crescimento.
 
Muitos pais acham trabalhoso terem que responder aos porquês de seus filhos, quando deveriam era incentivar estes mesmos “Por quês?”, e até mesmo os “Comos?” e os “Para ques?”.
 
Olhemos o nosso mundo com olhos abertos e tenhamos a coragem de nos questionarmos.
 
Por que da miséria que assola uma verdadeira multidão de desassistidos sociais?
Por que a segregação social?
Por que a segregação econômica?
Por que a segregação cultural?
Por que a segregação racial?
Por que a segregação religiosa?
Por que o desejo de posse desmedido?
Por que inúmeras e variadas, muitas vezes incoerentes e inconsistentes entre si, religiões?
Por que existimos?
Por que sou como sou?
Por que somos socialmente tão desagregados?
Por que Amar?
Por que da injustiça humana e social?
Com certeza não encontraremos respostas fáceis ou diretas, pelo menos nas primeiras vezes que nos questionarmos.
Mas por que nos omitirmos?
Por que não buscamos consciente e racionalmente entender nossas vidas e o mundo em que vivemos?
Por que viver meio que alienado do todo?
Talvez assim encontremos respostas que nos ajudem a aplacar a irracionalidade do ultra liberalismo econômico, que já a muito tempo domina nossa sociedade e massacra tantos humanos.
 
Por que manter este sistema?
Por que não mudar?
Por que somos assim?
Enfim, Por que mesmo que eu tenho que me questionar????


Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 01/10/2010
Reeditado em 01/10/2010
Código do texto: T2532143
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