“É preferível eleger um bandido que um entreguista-neoliberal.”
“É preferível eleger um bandido que um entreguista-neoliberal.”
Por Jocax , Setembro de 2010
Antes de tudo, quero deixar claro que , como todo mundo, sou totalmente CONTRA a corrupção,
o tráfico de influências , o despotismo e todas as mazelas antiéticas que permeiam a política nacional e mundial.
Entretanto, O PIG (“Partido da Imprensa Golpista”) quer nos fazer acreditar que apenas um determinado tipo de “honestidade” ou “ética” deve nortear a votação popular, e que qualquer outro parâmetro de valor deveria ser relegado a um plano secundário.
É claro que a honestidade, a ética-política é um quesito importantíssimo no julgamento que se deve fazer para a escolha de qualquer candidato, mas existe um quesito muito mais importante do que esse: A concepção ideológica do candidato.
A ideologia de quem vai definir os rumos do país é que vai nortear, de fato, o destino da nação. É a partir da ideologia do dirigente maior que dependerá a felicidade da nação. Vejamos alguns exemplos:
1- Mao Tse-Tung - “O Grande Timoneiro” - dirigente chinês 1966-1976 com sua política de revolução proletária, praticamente baniu o ensino superior na China e levou o país à fome, causando a morte de milhões de chineses [1] :
“Mao é acusado de com seus programas sociais e políticos, como o Grande Salto Adiante e a Revolução Cultural, causar grave fome e danos a cultura, sociedade e economia da China. Políticas de Mao e os expurgos políticos de 1949-1975, provocaram a morte de 50 a 70 milhões de pessoas” [2]
Se o “grande timoneiro” tivesse apenas roubado alguns bilhões de dólares de seu país, o prejuízo a nação chinesa teria sido muitíssimo menor, mas com sua ideologia de culto ao “trabalho braçal” e a negação da cultura intelectual, apesar de bem intencionado, mergulhou a China daquela época na pobreza e no atraso tecnológico.
2- Adolf Hitler – Hitler foi eleito democraticamente antes de se tornar ditador [10]. Se Hitler tivesse simplesmente roubado vários bilhões de dólares de sua pátria e se tornado o homem mais rico do mundo, ao invés de tentar conquistar o mundo e jogar a Alemanha numa guerra infernal, com dezenas de milhões de mortos. O mundo todo, com certeza, agradeceria.
3-Fernando Henrique Cardoso (FHC) é o nosso exemplo caseiro. Considerado por mim e por muitos como “o pior presidente que o Brasil já teve” [3], FHC é um neoliberal típico. Partidário do “Consenso de Washington” que apregoa a globalização e o neoliberalismo quebrou o Brasil duas vezes levando-o quase à miséria:
“Desemprego Recorde, Subemprego em proporções pavorosas, Mendicância, toxicomania, prostituição e outras atitudes desesperadas de gente fraca e sem perspectiva existencial diante da crise interminável que a defesa da moeda forte nos trouxe.” [3]
Um neoliberal, em geral, está comprometido com o "consenso de Washington" que apregoa (entre outras coisas):
“Privatização das estatais; Abertura comercial; Redução dos gastos públicos; Desregulamentação (afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas); Juros de mercado; Câmbio de mercado; Investimento estrangeiro direto, com eliminação de restrições; Estabilizar privatizar e liberalizar tornou-se o mantra de uma geração de tecnocratas que estavam tendo sua primeira experiência no mundo subdesenvolvido, e dos líderes políticos por eles aconselhados; “[5]”.
Assim, FHC e sua ideologia neoliberal levaram o Brasil à bancarrota, colocando o país na chamada “Década Perdida”:
“...o Brasil vivenciou problemas gravíssimos, todos sob os auspícios dos tucanos que, no período, ampliaram o fosso que separa os ricos dos pobres, dilapidaram o patrimônio público nacional alienando-o a interesses multinacionais em troca de rigorosamente nada para o povo brasileiro, promoveram o crescimento do analfabetismo, o fomento... o desmantelamento do parque industrial brasileiro em benefício de empresas e indústrias estrangeiras, conseqüentemente o aumento do desemprego, do desespero, da fome e da miséria...” [4]
Um exemplo hipotético simples pode ilustrar melhor a idéia:
Suponhamos, hipoteticamente, que o pleito seja disputado entre dois participantes:
O primeiro, um político com suspeita de "ladrão", porém, com caráter nacionalista. Seu concorrente, um político com fama de honesto, porém um seguidor do neoliberalismo globalizante. Dentro deste quadro hipotético, qual dos dois deveríamos votar?
Acredito fortemente que nosso voto deveria ir preferencialmente para o político nacionalista (mesmo que com fama de "ladrão") ao invés do pretensamente “honesto” político neoliberal. O risco de prejuízo para a nação seria bem menor que se o eleito fosse o neoliberal, se não vejamos:
Com uma “penada de caneta” (um acordo oficial, feito legalmente) o presidente poderia, por exemplo, vender a Petrobrás (A Vale do Rio doce foi vendida a preço de banana [8]) , ou mesmo vender a AMAZÔNIA ao estrangeiro! (Veja que A Rússia vendeu o Alasca aos EUA, e o Acre foi comprado pelo Brasil da Bolívia e do Peru) , ou então abrir as fronteiras e acabar com o parque industrial nacional gerando (outra vez) milhões de desempregados e famintos, com um prejuízo incalculável, não apenas econômico, mas social sobre o futuro de gerações de brasileiros, que cresceriam sem emprego e sem futuro, agravando a marginalidade e a violência. Tudo isto de forma totalmente legal e “honesta”. Enquanto que seu adversário “bandido”, do nosso exemplo, por sua vez, poderia no decorrer do seu mandato, roubar apenas alguns bilhões de dólares, sem comprometer de forma irreversível o futuro da nação, com um prejuízo muito menor ao país.
O PIG [9], por razões provavelmente ideológicas e elitistas, quer nos fazer acreditar que a pretensa honestidade do candidato deve ser o mais importante parâmetro na escolha do voto. O PIG gosta também de alardear a idéia de que o imposto é a pior praga que recai sobre uma população, mas, obviamente, não dizem que esta é a principal forma de distribuição de renda e recursos dos mais ricos aos mais pobres, sem impostos não haveria recursos para investimentos em infra-estrutura, educação, saneamento, saúde principalmente nos lugares mais pobres e necessitados. O objetivo do PIG parece ser o da TOTAL concentração de renda, semelhante talvez à época medieval, onde os senhores eram detentores de todos os recursos e a população –sem nenhum direito- só poderia sobreviver trabalhando para eles. Nas palavras de Bauman:
““ no cabaré da globalização, o Estado passa por um strip-tease e no final do espetáculo é deixado apenas com as necessidades básicas: seu poder de repressão. Com base material destruída, sua soberania e independência anuladas, sua classe política apagada, a nação-estado torna-se um mero serviço de segurança para mega-empresas”( Bauman, p.74).”[11].
Por esta razão que eu digo:
“É preferível eleger um bandido na presidência a um político entreguista-neoliberal” (Jocax)
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Referências:
[1] A revolução cultural de Mão Tse Tung:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Cultural_Chinesa
[2] Mão Tse-Tung
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mao_Tse-tung
[3] Fernando Henrique Cardoso
http://www.culturabrasil.pro.br/fhcopior.htm
“”
[4] A “Década Perdida”
http://www.culturabrasil.org/decadperd.htm
[5] O “Consenso de Washington”
http://pt.wikipedia.org/wiki/Consenso_de_Washington
[6] O Brasil comprou o Acre
http://www.portalbrasil.net/estados_ac.htm
[7] EUA comprou o Alasca
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alasca
[8] A fraude da privatização da Vale do Rio Doce
http://www.pstu.org.br/jornal_materia.asp?id=5977&ida=20
[9] Lula o Analfabeto?
http://groups.yahoo.com/group/Nacionalismo-br/message/445
[10] Adolf Hitler
http://pt.wikipedia.org/wiki/Adolf_Hitler#Ascens.C3.A3o_ao_poder
[11] Nacionalismo e Genismo
http://stoa.usp.br/genismo/forum/42457.html