O Limitado Ser Humano

Como o ser humano é finito, limitado, passageiro!

Não tem sequer a condição de ver o mundo exterior como ele é, então, não sabe se o mundo realmente é alguma coisa. O homem só vê sombras, vultos, reflexos.

As sensações são captadas pelos sentidos via corpo. O Entendimento, ou intelecto, recebe e decodifica essas sensações transformando-as em representações, que é, para o Ser, a realidade humana. Sim. A realidade que o ser humano vivencia é intelectual, está e depende de sua central de comando, o Cérebro. Aliás, o mundo inteiro está sendo carregado sobre a cabeça de cada ser humano. E cada um carrega seu próprio mundo, para ele, real.Cada ser tem seus objetos, e cada objeto tem seu Ser, seu sujeito observador, sendo ele mesmo, o seu primeiro objeto real. Mas tudo acontece de maneira automática, natural. O ser humano não percebe esse processo, às vezes não percebe a si mesmo. Enfim, esse é o ser humano: cego para a essência do mundo exterior, se é que existe alguma essência fora do que o ser humano enxerga e aceita como “realidade”. Assim, preso a escuridão, dependente de seu próprio ser nada confiável -um vertebrado produto da evolução- o ser humano vai avistando seus fantasmas. E para agravar a finitude do homem, tudo isso ocorre preso a mais um fator: o tempo. O tempo que finda o amor, que enferruja o ferro, que desmorona o Império, que desfolha as árvores, que adoece o corpo, que mata a vida. Que fez o mundo de ontem, cria outro mundo hoje e o transformará em outro mundo amanhã. Assim: de modo simples, mas complexo. Tudo grudado ao tempo. O tempo grudado em tudo. A realidade humana grudada no homem, e o homem preso a sua própria limitação. É sua própria prisão.

O Bruxo

Lui Jota
Enviado por Lui Jota em 26/09/2010
Código do texto: T2521752
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.