A força da imanente fatalidade permitiu à biologia me dar vida
A força da imanente fatalidade permitiu à biologia me dar vida
Como podemos ter nascido em dívida, se somos em inúmeros casos frutos de um amor verdadeiro. Vejo o AMOR como algo magistral, mas também não o vejo como transcendental em hipótese nenhuma. O AMOR é tão imanente quanto qualquer outro sentimento. Agora os mesmos que me culpam por um pecado que não cometi, e por uma opção de nascer que não me deram, afirmam que o AMOR possui algo de místico, metafísico e transcendente, que o amor liberta e transforma. Como, sendo fruto de um amor, posso ser eu acusado por algo que sequer imaginei fazer. Mas afinal o Amor liberta, ou é ele apenas mais um mecanismo de mera convivência?
Como podemos ter nascidos em dívida se sequer nos perguntaram se desejávamos nascer. Fui concebido em amor, fruto de um amor sincero, e ninguém me deu a oportunidade de optar se desejava ou não nascer. Assim, beira o impróprio e me parece ser de uma maldade transcendental ser punido por algo que não fiz, e que não decidi fazer.
Jamais seremos eternamente livres é verdade, mas jamais poderemos também ser eternamente aprisionados a qualquer coisa que seja. Nasci de uma fatalidade, aliás, não de uma única fatalidade, mas de uma quase infinita complexidade de eventos que se somam, se destroem e se modificam. Somente na fecundação sou o fruto de um único espermatozóide, de milhões e milhões deles que foram lançados na corrida da vida.
Podia ser outro. A probabilidade de que eu aqui esteja beira o infinitésimo, mas aqui estou, é a fatalidade levada ao extremo, é a força da imanência refletida na força da matéria fazendo da biologia o nosso máximo vital.
Viver sim, livre dentro do AMOR, eterno enquanto amando o momento presente que ousa se perpetuar. Viver é preciso, Amar se faz necessário. Mas Amar porque é ético, justo, digno e humano amar, não porque este amor possa nos salvar, ou melhor ainda, porque este verdadeiro amor, nascido de um trabalho consciente e contínuo de nosso ser nos liberta, passo a passo, de nossa animalidade.
A força da imanente fatalidade permitiu à biologia me dar vida
Como podemos ter nascido em dívida, se somos em inúmeros casos frutos de um amor verdadeiro. Vejo o AMOR como algo magistral, mas também não o vejo como transcendental em hipótese nenhuma. O AMOR é tão imanente quanto qualquer outro sentimento. Agora os mesmos que me culpam por um pecado que não cometi, e por uma opção de nascer que não me deram, afirmam que o AMOR possui algo de místico, metafísico e transcendente, que o amor liberta e transforma. Como, sendo fruto de um amor, posso ser eu acusado por algo que sequer imaginei fazer. Mas afinal o Amor liberta, ou é ele apenas mais um mecanismo de mera convivência?
Como podemos ter nascidos em dívida se sequer nos perguntaram se desejávamos nascer. Fui concebido em amor, fruto de um amor sincero, e ninguém me deu a oportunidade de optar se desejava ou não nascer. Assim, beira o impróprio e me parece ser de uma maldade transcendental ser punido por algo que não fiz, e que não decidi fazer.
Jamais seremos eternamente livres é verdade, mas jamais poderemos também ser eternamente aprisionados a qualquer coisa que seja. Nasci de uma fatalidade, aliás, não de uma única fatalidade, mas de uma quase infinita complexidade de eventos que se somam, se destroem e se modificam. Somente na fecundação sou o fruto de um único espermatozóide, de milhões e milhões deles que foram lançados na corrida da vida.
Podia ser outro. A probabilidade de que eu aqui esteja beira o infinitésimo, mas aqui estou, é a fatalidade levada ao extremo, é a força da imanência refletida na força da matéria fazendo da biologia o nosso máximo vital.
Viver sim, livre dentro do AMOR, eterno enquanto amando o momento presente que ousa se perpetuar. Viver é preciso, Amar se faz necessário. Mas Amar porque é ético, justo, digno e humano amar, não porque este amor possa nos salvar, ou melhor ainda, porque este verdadeiro amor, nascido de um trabalho consciente e contínuo de nosso ser nos liberta, passo a passo, de nossa animalidade.