Manias de um sofredor
Ao que jamais baste, ainda que infinito
Nem mais torture, a dor o presume
A certa lágrima, por ti ao cair
Para um lamento, o sofrer o consome.
Por trás da janela te admiro
Sentindo seu perfume, escondido a outros
Pois que te sinto, mas não no toque
Um suspiro contido, mas profundo...
Os olhos que te perseguem
Adentrando a tua alma
Penetrando num submundo
Cheio de desejos
E mesmo assim fujo
Pois me é proibido este pesar
Desta boca, que louca espero
Um segundo, um momento, um já
É deste corpo, um tão incerto
Mas como me conter, do fogo que me consome
A estar do seu lado, e somente sonhar
E no tão distante, aqui dentro um grito
O desespero, aos poucos, a me dominar
A certas manias, de descontrole, um refúgio
No labirinto vazio, a te procurar
Teu nome, baixinho, a sussurrar
E tranquila, sofro, a me conformar
No pranto confuso, a me atormentar
Dormir, dormir, e nesta mania calar...