Manias de um sofredor

Ao que jamais baste, ainda que infinito

Nem mais torture, a dor o presume

A certa lágrima, por ti ao cair

Para um lamento, o sofrer o consome.

Por trás da janela te admiro

Sentindo seu perfume, escondido a outros

Pois que te sinto, mas não no toque

Um suspiro contido, mas profundo...

Os olhos que te perseguem

Adentrando a tua alma

Penetrando num submundo

Cheio de desejos

E mesmo assim fujo

Pois me é proibido este pesar

Desta boca, que louca espero

Um segundo, um momento, um já

É deste corpo, um tão incerto

Mas como me conter, do fogo que me consome

A estar do seu lado, e somente sonhar

E no tão distante, aqui dentro um grito

O desespero, aos poucos, a me dominar

A certas manias, de descontrole, um refúgio

No labirinto vazio, a te procurar

Teu nome, baixinho, a sussurrar

E tranquila, sofro, a me conformar

No pranto confuso, a me atormentar

Dormir, dormir, e nesta mania calar...

bete online
Enviado por bete online em 21/09/2010
Reeditado em 15/07/2015
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