"Ser feliz é correr riscos"

Ser Feliz é correr riscos

Feliz é aquele que saboreia quando come,

enxerga quando olha, dorme quando deita,

compreende quando reflete,

aceita-se e aceita a vida como ela é.

Há quem diga que felicidade depende,

antes de tudo, de bastar-se a si próprio;

de não depender de ajuda, de opinião e, sobretudo,

de não se deixar influenciar por ninguém.

Será mesmo?

Você pode imaginar uma pessoa assim?

Lao Tzé dizia: "Grande amor, grande sofrimento;

pequeno amor, pequeno sofrimento;

não amor, não sofrimento".

Pode imaginar você um homem sem paixão,

sem desejos?

A felicidade, entendida assim,

não seria apenas um engôdo,

algo contra a natureza humana?

Evidentemente!

Sem amor, sem paixão,

que sentido teria a existência?

A felicidade é proporcional ao risco que se corre.

Quem se protege contra o sofrimento,

protege-se contra a felicidade.

Quem se torna invulnerável,

torna sem sentido a existência.

O homem feliz aceita ser vulnerável.

O homem feliz aceita depender dos outros,

mesmo pondo em risco sua própria felicidade.

É a condição do amor

e de todas as relações humanas,

sem o que a vida não teria sentido!