Eu pensava que era, e era, porque pensava..

"Você estaria seguro em mim, assim como estava seguro em ti ao dizer com as palavras mais reais o que disse ao não voltar. Você estaria seguro de si, se ao menos viesse me ver partir, eu partiria para o lugar de onde jamais poderia deixar.. Queria poder partir para onde nunca quis sair, embora visse o tempo passar, embora visse você passar, triste e feliz... Ia você para longe de mim, por minhas próprias pernas. Eu via você estar não estando, e então criando discursos para dois, para um público desconhecido, dois.. Você e eu, dois, que estava quando não sabia estar. Queria dizer sobre as palavras que não falei, dos medos que não assumi e das verdades que inventei. Eu vi deixar partir, o que partia de mim e me deixava assim, insegura e desigual. Tudo estava acontecendo na hora errada, e as palavras que agora digo, não possuem nada de irreais, ou talvez as sejam, eu só guardei a sua partida, e não sei viver com tal memória. Eu não sei viver com tal despedida, muda, como as palavras que agora digo, sem sentido, sem nexo, sem verdades."

***

"Após as tristes noites sozinha e em claro, amanheceu. O dia acordou e, então, era por hora esquecido as noites vazias. E assim um novo desejo que já não mais se repetissem as mesmas, que lutava por esquecer e que sempre estavam lá. Porque não se pode esquecer aquilo que lhe é inteiro, certo e real. Ninguém esquece um grande amor, afinal. No final. E sempre será o mesmo independente das noites em claro. Independe das noites em claro, estejam estas nubladas ou não. São noites e por elas mesmas, certas, inteiras e reais."

Tatiana Marques (Tath)
Enviado por Tatiana Marques (Tath) em 19/09/2010
Reeditado em 19/09/2010
Código do texto: T2507924
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