O Pequeno Príncipe ... 
A simplicidade do livro da minha vida

Ao longo da minha existência, li o livro “O Pequeno Príncipe” várias vezes...  Oito, nove, dez, talvez. Tomei contato com este livro tinha apenas 12 anos e não mais o larguei. Nele aprendi o valor nobre da amizade, da responsabilidade nas relações, no afeto que se partilha, na lealdade.
Aprendi que é preciso saber cativar para ter amigos.
Que criar laços é importante. Que é bom saber cativar.
Que o importante é a nossa rosa, pois ela é nossa, e única no mundo! E
estes são alguns valores que estão presentes no livro e que nos remetem para uma realidade que, de tão descomplexificada, mexe com o mais simples coração.
E sempre que leio, fico deslumbrada com a simplicidade das ilustrações e cores suaves, com a pureza da escrita, com o significado dos sentimentos, com a inocência do principezinho e a mestria de Saint-Exupéry! Leio, releio,
e absorvo cada página.
Este título passou pela minha meninice, pela minha adolescência e pela minha idade adulta. É um dos livros da minha vida, talvez o livro que mais tocou a minha alma.  Entendo-o como uma narrativa intemporal, que me transporta para outros mundos mas que me faz pensar sobre o meu, as minhas vicitudes, os problemas que estão inerentes à condição humana e às próprias dinâmicas do relacionamento humano.
O Pequeno Príncipe  é mesmo isso: um fantasiar sobre a realidade,
uma viagem sobre outros planetas, mas que tem muito o cunho do nosso próprio mundo. Incrível como se adapta constantemente e como cada frase tem um significado tão importante!
O significado de cativar todos nós temos dentro de nós um pouco de principezinho, a mesma simplicidade, a mesma ingenuidade e a mesma sinceridade.
 
"Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos...!  Os homens esqueceram essa verdade." Não existe frase que mais me tivesse marcado e feito penslevado a refletir.
 
“Tu tornas-te responsável por aquilo que cativas”... A maior lição da Raposa é a de que somos responsáveis por aqueles que amamos e, sobretudo, por aqueles que cativamos, com quem criamos laços.

"Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que a fez tão importante"... É, de fato, o tempo que dedicamos aqueles que amamos que os torna aquilo que são em nós... eEassim são também as relações entre as pessoas.
Nós só amamos uma pessoa se ela nos cativar, mesmo ela tendo tantas qualidades e tantos defeitos como as outras pessoas…
Temos que nos saber cativar uns aos outros…

Um livro que me faz sonhar, que me faz acreditar nos valores imutáveis do mais puro dos amores,  pensar que se todos nós tivessemos só uma rosa a amaríamos com toda a força, se tivermos a ideia de que por cada pessoa que cativamos nos tornamos responsáveis por ela para toda a vida... E que por cada uma que parte se acende uma estrela, que ao escutarmos com atenção essa estrela sorri e todas juntas rindo parecem milhares de guizos a ecoar na noite... 

Por vezes olho para o céu e penso na história do Pequeno Príncipe
E a história volta ao início... E se repete... E eu não me canso!
É muito lindo, não é? 


17/09/2010
Ana Flor do Lácio 


 
Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 18/09/2010
Reeditado em 15/09/2014
Código do texto: T2506381
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