Pó de mim.

Hoje sou pó de mim.

Já estive perto da perfeição.

Hoje já não sei nem mais se vivo ou se passo pela vida.

Penso em continuar neste maldito inferno, em como deve ser bom poder passar pela vida sem nenhum objetivo, em como a vida é facil só aproveitando das nossas alegrias ocasionais.

Mais não.

Minha vida não.

Logo a minha vida, ela não vai ser desperdiçada deste jeito.

Sim, eu quero aproveitar da minha alegria.

Eu quero gozar sem saber do que se goza.

Eu quero escrever a poesia dos anjos para uma garota que não me ama.

Mais acima de tudo. Eu não quero só passar pela vida.

A vida é minha, o mundo é nosso.

E tembém é nosso o direito de mudar tudo.

Eu não quero mais ser pó de mim.

Quero ser concreto.

Quero ser madeira.

Quero ser fogo.

Para traz deixar só cinzas das coisas que já queimei.

Fazer dos erros o carvão que suja minha lembrança.

Quero tocar fogo na realidade.

Quero parar de ser pó e virar uma maldita explosão, quero ser os malditos fogos de artifício pelo mundo todo!

Julio Crepaldi
Enviado por Julio Crepaldi em 16/09/2010
Reeditado em 19/12/2010
Código do texto: T2501726
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