ARQUIPÉLAGO

Eu sou do tempo

em que todas as Mães amavam seus filhos,

pois amar é honrar e proteger -

e cada Homem honrava sua família,

pois honrar é amar e proteger...

Mas esse tempo

jaz imerso na bruma das eras,

já pertence à eternidade do esquecimento.

Hoje, com assombro vejo como elas ainda parem seus filhos

e, no momento seguinte, já os entregam nos braços do mundo...

Já ninguém sabe quem é,

e ao se olharem, já nem sabem quem são.

E se abraçam, dia e noite, apenas às suas tolas vaidades,

veleidades de um sonhar profano.

Oh! Todos cegos e insanos

que alucinam em febre de fantasias,

têm visões e simplórios desejos:

querem ser eternamente jovens

e, de alguma forma, tornarem-se

rainhas e reis...

E assim, seguindo modernos costumes,uma nova tradição-

tornam-se inúmeras e pequeninas ilhas

isoladas no desvairio da Ilusão!

A ANCIÃ
Enviado por A ANCIÃ em 13/09/2010
Código do texto: T2494994
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