Fim das horas

Em tormentas horas se transformaram meus momentos,

Dias de angustias e sofrimentos. Lacero-me às lembranças, a me corroer feito câncer.

As veias, estuporadas , o coração em desatino.

Ponho-me a perguntar ao vazio: O que terá sido minha vida?? A que propósito se compôs a vida ao dar-me o sopro mágico da existência??

Sempre fui o limite da aceitação, o caos personificado pela inveja da verdade absoluta, o amor verdadeiro.

Feito Cervantes e seus moinhos, busquei em vão uma felicidade que nunca existiu, uma realidade efêmera e utópica.

Hoje, ao final de meus dias ponho-me a questionar não mais a vida, que me concedeu bons e belicosos momentos mas a morte que me ronda,me persegue ( sinto seu hálito frio em minha nuca).

Busco, enfim , o fim da noite escura apenas, o termino de meus dias,de minhas angustiantes horas de existência vazia.

JAlmeida
Enviado por JAlmeida em 12/09/2010
Código do texto: T2494313
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