Fim das horas
Em tormentas horas se transformaram meus momentos,
Dias de angustias e sofrimentos. Lacero-me às lembranças, a me corroer feito câncer.
As veias, estuporadas , o coração em desatino.
Ponho-me a perguntar ao vazio: O que terá sido minha vida?? A que propósito se compôs a vida ao dar-me o sopro mágico da existência??
Sempre fui o limite da aceitação, o caos personificado pela inveja da verdade absoluta, o amor verdadeiro.
Feito Cervantes e seus moinhos, busquei em vão uma felicidade que nunca existiu, uma realidade efêmera e utópica.
Hoje, ao final de meus dias ponho-me a questionar não mais a vida, que me concedeu bons e belicosos momentos mas a morte que me ronda,me persegue ( sinto seu hálito frio em minha nuca).
Busco, enfim , o fim da noite escura apenas, o termino de meus dias,de minhas angustiantes horas de existência vazia.