Costureira do amor
Não pretendo ser (nem sou) modelo nem vitrine, porque há um tecido a ser, durante a minha vida, preparado, aperfeiçoado, melhorado; ele que não se vê, só se sente.
Pretendo, portanto, ser costureira...aprendiz... nas funções, inúmeras delas...a coser!
Pretendo tecer com o fio que vem de longe e por mim passa, invisível, dando-me a mais bela função, a cada momento, a ser aprendida, aos poucos, com paciência, tolerância, atenção... e a ser executada, com a melhor precisão possível.
Pretendo, simplesmente, conhecer as costuras, fazer alguns moldes, aprender os pontos, acompanhar e saber mais sobre os cortes, para que o resultado da vestimenta (a eterna, permanente, infinita) seja bem de acordo com minhas vontades, meus sonhos, meus planos e satisfaça os meus olhos.
Quem sabe assim, posso transmitir, em pontos invisíveis, mas marcantes, tudo o que aprendo e aprendi, tudo o que sinto e o que senti, tudo o que valorizo, que eternizo em mim?
Costura incansável, com erros, falhas, às vezes exageros, mas tudo isto com oportunidades de recomeços, com acertos, correções; costurando sempre com alegria, esperança, mãos macias, olhar generoso, compreensivo, amigo.
O que me importa é o aperfeiçoamento constante, a beleza da alma, coberta pelo manto do amor.
Pretendo ser como uma costureira, sim...uma costureira do amor.