Costureira do amor

Não pretendo ser (nem sou) modelo nem vitrine, porque há um tecido a ser, durante a minha vida, preparado, aperfeiçoado, melhorado; ele que não se vê, só se sente.

Pretendo, portanto, ser costureira...aprendiz... nas funções, inúmeras delas...a coser!

Pretendo tecer com o fio que vem de longe e por mim passa, invisível, dando-me a mais bela função, a cada momento, a ser aprendida, aos poucos, com paciência, tolerância, atenção... e a ser executada, com a melhor precisão possível.

Pretendo, simplesmente, conhecer as costuras, fazer alguns moldes, aprender os pontos, acompanhar e saber mais sobre os cortes, para que o resultado da vestimenta (a eterna, permanente, infinita) seja bem de acordo com minhas vontades, meus sonhos, meus planos e satisfaça os meus olhos.

Quem sabe assim, posso transmitir, em pontos invisíveis, mas marcantes, tudo o que aprendo e aprendi, tudo o que sinto e o que senti, tudo o que valorizo, que eternizo em mim?

Costura incansável, com erros, falhas, às vezes exageros, mas tudo isto com oportunidades de recomeços, com acertos, correções; costurando sempre com alegria, esperança, mãos macias, olhar generoso, compreensivo, amigo.

O que me importa é o aperfeiçoamento constante, a beleza da alma, coberta pelo manto do amor.

Pretendo ser como uma costureira, sim...uma costureira do amor.

Danusalmeida
Enviado por Danusalmeida em 10/09/2010
Código do texto: T2489165
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