(_ASAS DA INSEGURANÇA_)


Olhos de argos, que tudo veem, mas nada sabem
no escorregadio sentido, que nada compreendem
Sou do tempo e das quimeras, a própria dependente
a vestir-me de sua cor, em gosto o próprio sabor, a serpente!
Me esvaio neste sentir inflamado que tanto me surpreende
que adormece no espelho adornado de minhas ilusões latentes
que se espanta ao avesso de minhas intermináveis sensações
no vão definido, ou quase extinto de lavrações
dúvidas que não calam a distância, reflexos!
que já tem ou não a impotância, o nexo!
Dualidade em que me entorpece
sem saber onde são viáveis
até onde as verdades são palpáveis
esculpindo a sensualidade de tantas verdades
Em que respiro o ar sublime e enfeitiçado do ardor
Já não sei quem sou, tampouco por onde vou
apenas sigo, mesmo se indecisas, as asas do amor
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 10/09/2010
Código do texto: T2489004
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