Vale a pena
Quanto mais negra é a noite, mais carrega em si o amanhecer.” (everton D).
É tempo de preparação e espera ativa do novo dia, donde brota, ao alvorecer, o sol invencível, a luz plena, o grito de espanto diante do calor de Deus Eterno. Tempo de dar tempo a tanto esquecido e banalizado: beijos, abraços, lágrimas – há já quem não saiba chorar, ou mesmo já não tenha lágrimas para o fazer, dizer o quanto precisamos de alguém, sem vergonha de parecermos piegas.
É o tempo favorável de perguntar: “há quantos anos, há quantos longos meses, desisti de renascer”? Tempo para contemplar o infinito na história humana, o inesperado no rotineiro, o divino no humano, porque o rosto de um Homem, nos devolve o rosto de Deus. Que paradoxo gratuito perante a voracidade mercantil dos nossos dias!
É este Presente Eterno que nos ensina a verdadeira fraternidade. Ali não se prega a luta de classes. Lá estão os pobres – os pastores, e os ricos – os reis Magos. Todos têm um lugar no coração de Jesus. Deus não quer, nem a exploração nem a ganância, nem a revolta nem a inveja. Quer a harmonia, a justiça e a caridade entre todos.