Confiar ou não?

Você já confiou em alguém e foi traído? É muito ruim. Quando a confiança em alguém acaba, parece que algo em nós morreu, ficamos arrasados, a auto-estima cai lá embaixo. Ficamos revoltados, cheios de ódio, dor, inteiramente magoados, crendo que jamais voltaremos a confiar em quem quer que seja.

O preço desta decepção será pago por toda a vida. É o estado resultante de um excesso de situações traumáticas. Confiar ou desconfiar, independe de nosso querer, não é um estado induzido por nossa vontade nem por maquinação nossa, mas sim pelas circunstâncias doloridas e ruins que nos atingiram.

Se formos machucados as marcas ficam, são difíceis de sumir, muitos não querem mais vivenciar esse sentimento novamente, pois, acreditam que: “Não confiando, não serão feridos”. Existem muitos vivendo assim. Não confiar nos isola, ficamos paranóicos e o que é pior, não crescemos, ficamos estagnados.

Se nossas primeiras experiências de objeto forem boas o suficiente, aos poucos vamos entendendo que aquela experiência foi ocasional e tornaremos a confiar. Isso ocorre porque desconfiar não é um estado normal! É, desgastante, insuportável, terrível. Viver desconfiado é como caminhar sobre areia movediça sem saber se vamos ou não afundar. Cheios de apreensões, medo, em pânico. Não confiar cria um grande desgaste de energia mental porque sempre estamos a espera de sermos enganados, traídos, descartado, feridos a qualquer momento por qualquer um. Esta mesma energia mental é desviada de outros lugares e ações e fará uma imensa falta em nosso viver diário.

Uma pessoa neste estado está sempre tão assustada com o mundo à sua volta, que não consegue perceber mais nada a não ser seu pavor de ser ferido. As qualidades daqueles à sua volta são inexistentes porque elas estão absorvidas pelo medo que não conseguem “ver os outros”.

As pessoas podem ser boas em muitas coisas, mas jamais o serão em tudo, por isso precisamos dos outros. Compreender isso permite evitar maiores complicações com a decepção de nossa confiança e a dor decorrente. Precisamos observar as pessoas. Procurar as que têm interesses comuns e que investem em você para construir um relacionamento durável e agradável, seja ele de amor ou amizade.

Precisamos entender que a única arma para fazer a vida valer à pena, é parar com o medo desgastante e confiar. Confiar escrupulosamente, mas, confiar, mesmo que seja para quebrar a cara. Sem a confiança, tudo o mais é inútil. Tente! Acredite, vale a pena!

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