O PERDÃO
Considero a palavra "perdão" deveras desgastada, facílima
de estar na boca das pessoas, nos textos religiosos, nas muitas mensagens de paz que ocupa espaço na internet.
Perdoar de fato é quase impossível, a meu ver, ainda que bem pesemos as dificuldades do outro, ponderemos sobre o motivo que desencadeou a ação que nos feriu e/ou prejudicou, que atentou contra nosso afeto, nosso trabalho, moral ou integridade.
Costumo substituir o verbo perdoar por relevar, porque penso que é somente isso que se faz: aceitar o que não se pode mudar porque já foi feito, conformar-se, contornar uma dada situação, tratar de curar as feridas entre si e o outro. Contemporizar. Condescender. Tenta-se, na verdade, pôr água na fervura, apaziguar. Nada mais.
Só os muito raros e iluminados são capazes do perdão, que significa total esquecimento do fato, ato e pessoa.
Lao-Tsé conceituou:
"Perdoar é próprio das almas especialmente generosas".
KML
imagem: Mandala
Considero a palavra "perdão" deveras desgastada, facílima
de estar na boca das pessoas, nos textos religiosos, nas muitas mensagens de paz que ocupa espaço na internet.
Perdoar de fato é quase impossível, a meu ver, ainda que bem pesemos as dificuldades do outro, ponderemos sobre o motivo que desencadeou a ação que nos feriu e/ou prejudicou, que atentou contra nosso afeto, nosso trabalho, moral ou integridade.
Costumo substituir o verbo perdoar por relevar, porque penso que é somente isso que se faz: aceitar o que não se pode mudar porque já foi feito, conformar-se, contornar uma dada situação, tratar de curar as feridas entre si e o outro. Contemporizar. Condescender. Tenta-se, na verdade, pôr água na fervura, apaziguar. Nada mais.
Só os muito raros e iluminados são capazes do perdão, que significa total esquecimento do fato, ato e pessoa.
Lao-Tsé conceituou:
"Perdoar é próprio das almas especialmente generosas".
KML
imagem: Mandala